GERAL

Especialista contratado pela Backer nega contaminação de água da fábrica


Um químico contratado pela empresa Backer, responsável pela produção da cerveja Belorizontina, realizou uma análise para investigar a possível contaminação na água, usada para produção das cervejas, da fábrica da empresa. Segundo Bruno Botelho, doutor em química da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), após a perícia não foi possível identificar dietilenoglicol e monoetilenoglicol, substâncias tóxicas que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) alegou ter encontrado na última quarta-feira.
De acordo com o especialista, quatro amostras de água foram examinadas, sendo elas da caixa d’água, do equipamento trocador de calor, de um dos tanques de cerveja e do restaurante Templo Cervejeiro, onde a fábrica funciona. Segundo o doutor, porém, as amostras não foram colhidas por ele, mas enviadas pela empresa.

Perguntado sobre um possível vazamento, Botelho afirma que seria difícil de acontecer. Após analisar quatro amostras diferentes da cerveja Belorizontina, três delas vindas dos lotes, que segundo o Mapa, estavam contaminados, foi constatado que o índice de dietilenoglicol foi cada vez mais reduzido, de acordo com o lote mais antigo para o mais recente. Segundo o químico, se houvesse um vazamento, o nível da substância permaneceria constante.
Apesar de declarar ser difícil um possível vazamento da substância tóxica na água, Botelho não descartou a possibilidade, afirmando que não possuía conhecimento da fábrica da Backer.
Quatro mortes já foram confirmadas por suspeita de intoxicação após consumir a cerveja Belorizontina, da Backer. Foi constatado que apenas uma vítima tinha a presença da substância dietilenoglicol no organismo. Na segunda-feira (20), a Secretaria de Estado de Saúde informou foram feitas 21 notificações por suspeitas de contaminação pela substância.

About Redação

0 comments:

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.