MUNDO

Justiça peruana ordena prisão preventiva de ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski


A Justiça peruana ordenou, na manhã desta quarta-feira (10), a prisão preventiva por dez dias do ex-presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski, 80, que foi eleito em 2016, mas renunciou ao cargo em 2018 por conta de acusações de envolvimento no escândalo da empreiteira brasileira Odebrecht.

Também foram emitidas ordens de prisão para sua ex-secretária, Gloria Kisic Wagner, e o funcionário de seu governo, José Luis Bernaola Ñuflo. Desta maneira, o Peru bate o recorde de ex-presidentes respondendo a processos pelo caso Odebrecht na região.

Além de Ollanta Humala (2011-2016), que ficou preso por um ano em 2017 e que agora responde a processo em liberdade condicional, Alejandro Toledo (2001-2006) está foragido da Justiça, e Alan García (2006-2011), também acusado, tentou deixar o Peru pedindo asilo ao Uruguai, que foi negado. García está impedido de deixar o país enquanto a investigação estiver em curso.

PPK (como é chamado) renunciou em março de 2018, quando o Congresso peruano estava votando pela segunda vez uma moção de vacância, para afastá-lo do cargo. 

O ex-presidente é acusado de receber mais de US$ 5 milhões por supostos serviços de consultoria para a empreiteira brasileira entre 2004 e 2013 (durante o período, ocupou cargos de confiança na gestão Toledo), e outros US$ 300 mil em caixa dois para sua campanha na eleição presidencial de 2011, na qual terminou em terceiro lugar.

Complicaram sua situação a divulgação de vídeos em que o deputado Kenji Fujimori, filho do ex-presidente Alberto Fujimori, aparecia oferecendo dinheiro para deputados, para que votassem a favor de PPK e contra a vacância. Assim, antes mesmo de a segunda moção de vacância ser votada, PPK decidiu renunciar. Ele já vinha sendo investigado pelas acusações e tinha seu passaporte confiscado.


   - Bahia Notícias

About Redação

0 comments:

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.