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Procuradoria pede volta de comercial do BB e acusa União de racismo


O Ministério Público Federal do Rio Grande do Sul acusou a União de homofobia e racismo por ter retirado do ar a propaganda do Banco do Brasil com atores e atrizes negros e personagem transexual. O órgão pediu a volta da veiculação da peça e pagamento de danos morais coletivos de R$ 51 milhões.

Junto do grupo Nuances (associação que atua na defesa dos direitos da população LGBT), a ação diz que a União, a partir de ordem do Presidente da República, praticou censura.

Para a Procuradoria, o ato “viola ademais Estatuto da Igualdade Racial, que torna ilegal qualquer distinção, exclusão, restrição ou preferência baseada em raça, cor, descendência ou origem nacional ou étnica”. O Ministério Público ainda cita homofobia como motivação. “Tem-se também ofensa à Constituição, que veda o preconceito com base no sexo do indivíduo, o que inclui o preconceito denominado de LGBTQfobia”.

Nesta quinta-feira, o presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, afirmou que não tinha visto o comercial do banco que foi retirado do ar antes de recebê-lo do presidente Jair Bolsonaro (PSL). “Ele viu o filme e me mandou. Eu assisti e estranhei, não gostei. Não gostei por uma razão muito simples: nosso objetivo é atingir todo o espectro de jovens, que não vi representado”, afirmou.

“Não vi o jovem fazendeiro, o rapaz esportista, o nerd. Não vi ali o jovem de classe média baixa que rala um dia inteiro para pagar estudos à noite. Ficou muito concentrado na juventude descolada”, criticou.

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