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ONU critica operação policial no Jacarezinho e pede investigação imparcial





 O Alto Comissariado da ONU para Direitos Humanos criticou a violência da operação policial no Rio de Janeiro e pediu que investigações imparciais sejam abertas, segundo Janil Chade, colunista do UOL. “Estamos profundamente perturbados pelas mortes de 25 pessoas numa operação policial”, disse Ruppert Colville, porta-voz da ONU, numa coletiva de imprensa em Genebra nesta sexta-feira (7). 

Segundo ele, tal caso confirma a tendência de uso excessivo de força por parte dos agentes policiais, cita “problemas sistêmicos” e diz que algo “claramente está errado”. Para o porta-voz, o modelo de policiamento de favelas precisa ser repensado pelo país e um debate deve ser aberto. 

Nesta quinta-feira, uma operação policial deixou ao menos 25 mortos na favela do Jacarezinho, na zona norte do Rio de Janeiro. Apesar de o ato ter se transformado na operação mais letal da história da cidade, o governo estadual indicou que a ação foi orientada por “inteligência e investigação”. Mas grupos como a Anistia Internacional, Comissão Arns e Human Rights Watch denunciaram a operação como um exemplo da violência policial no país. A Operação Exceptis foi deflagrada a partir de denúncias de que criminosos estão expulsando moradores de suas casas. O grupo seria responsável também pelo assassinato de moradores e pelo sumiço dos corpos —21 criminosos foram identificados como os “responsáveis por garantir o domínio territorial da região com utilização de armas de fogo”, informou a Polícia Civil. 

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