POLÍTICA

Marcos Pontes quer incentivar setor privado a investir em ciência


 

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marcos Pontes, quer incentivar o setor privado a investir em ciência e tecnologia. Embora a proposta venha em um momento de corte no orçamento na pasta, ela não foi criada agora e existe até uma secretaria para criar uma “cultura da formalização de projetos de forma que eles se tornassem atrativos para o investimento externo”. 

Pontes foi o entrevistado de segunda-feira (3) do programa Sem Censura da TV Brasil e falou também sobre pandemia, a vacina  contra covid-19 Versamuni com tecnologia nacional, como incentivar a participação do jovem na ciência, Base de Alcântara, corte no orçamento da pasta, entre outro temas. 

Pontes citou o exemplo da Coréia, onde 22% do investimento em ciência e tecnologia vem do investimento público e 78% do privado. “Para ter atração do investimento privado, você precisa ter projetos que são atrativos e bem estruturados, por isso nós colocamos toda uma rede de escritórios e projetos nos diversos institutos de pesquisa e criamos uma série de ferramentas, como debêndures incentivadas, , uma série de possibilidades de participação do público ou de empresas para financiamento de tecnologias”, disse o ministro. 

O ministério sofreu um corte em seu orçamento este ano, reduzido para R$ 2,7  bilhões, o que foi classificado por Pontes como “um estrago”. Pontes comentou o corte e os gastos da pasta, destacando a importância das bolsas do CNPq para manter a pesquisa básica do país. “Essa pesquisa básica sustenta todo o restante de como transformar, de como irrigar esses novos produtos”, disse. 

Praticamente todo o ministério deve passar por cortes, segundo o ministro. “Eu consegui preservar, sem nenhum corte as unidades de pesquisa, tanto em 2019 quanto em 2020 e agora a gente vai ter que colocar corte e aí que vem o estrago. As pesquisas não são algo que você consegue ligar e desligar, você tem um orçamento e de repente você tira aquele orçamento. Você pode atrasar muitos anos naquela pesquisa. Estrago é justamente isso, para a gente não desperdiçar anos de pesquisa. Nós temos reduzido bastante na parte de administração, mas demora algum tempo para você colocar sistemas de financiamento privado para projetos das unidades de pesquisa ou para dentro das secretarias”, disse. 

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