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Policiais Civis lançam campanha contra assédio moral e sexual; Correpol investiga 3 casos


Uma campanha de combate ao assédio moral e sexual, além de estimular denúncias sobre essas práticas, será lançada por entidades ligadas a Polícia Civil da Bahia nesta quarta-feira (4). O movimento Juntos Somos + Fortes foi idealizado pelo Sindpoc (Sindicato dos Policiais Civis), Unipol, Assipoc (Associação dos Investigadores de Polícia Civil do Estado da Bahia), Sindpep (Sindicato dos Peritos em Papiloscopia), e Aepeb (Associação dos Escrivães de Polícia do Estado da Bahia).

O Sindopoc está organizando uma mobilização nesta quarta, na frente da sede da Polícia Civil, na praça da Piedade, para chamar a atenção para a campanha que denuncia os casos de assédio moral e sexual que ocorrem na Polícia Civil baiana.

Segundo a PC, constam três casos de assédio moral e sexual registrados entre 2018 e 2019, com investigações em curso na Corregedoria da Polícia Civil (Correpol) no estado. Os casos referem-se a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) sobre assédio moral em Salvador, uma investigação preliminar de possibilidade de assédio moral, também na capital e um inquérito policial sobre assédio sexual, na cidade de Jacobina, no centro-norte do estado.

Segundo o Presidente do Sindpoc, Eustácio Lopes, a Polícia Civil possui uma quantidade considerável de servidores afastados por problemas psicológicos em decorrência do que caracterizou como "fruto da cultura institucional do assédio". "Por falta de informação, muitas vezes, os policiais não conseguem identificar que estão sendo vítimas de assédio. Por isso, as entidades resolveram fazer a campanha para esclarecer,  informar e estimular os servidores a fazerem suas denúncias e, de uma certa forma, também queremos tentar  inibir os assediadores", destaca o sindicalista.

O investigador e Presidente da Assipoc, Ary  Alves, denunciou que servidores ficam receosos em emitir opinião durante o horário de expediente por medo de serem retirados da escala extra. "Os investigadores e escrivães recebem menos de 30% do salário dos delegados. Assim, acabamos nos submetendo totalmente aos delegados para não perdermos a escala extra que nos ajuda na remuneração do final do mês", explicou Alves.

A perita técnica e Presidente do Sindpep, Clarissa Gomes, destacou que os prejuízos e danos do assédio afetam não só o servidor que está sendo assediado, mas toda estrutura familiar. "O Estado precisa olhar seriamente para essa questão do assédio e os prejuízos que vem causando há muito tempo", frisa

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